7.27.2003
4
Estou cansada de observar a galera do bar. Vou pra pista, resolver a minha noite.
Olhando para os lados não consigo ver ninguém que me interesse aqui. Conheço metade das pessoas que freqüentam essa boate e sinceramente conforme o tempo passa vai perdendo a graça não ter gente nova pra conversar.
Tem um moreno de jaqueta de couro, encostado na parede que não para de me olhar. Ele acha que esta sendo muito sensual e que eu vou cair na dele fácil. Mas eu já vi ele por aqui, conheço o tipão do cara. Joga charme para uma menina durante metade da balada, como se ela fosse a única, depois chega nela com um xaveco do tipo sou o único cara da noite que só escolheu você e quando você disser não, não estou interessada, ela não vai insistir, vai pegar a primeira mulher que estiver na sua frente e começar a agarrá-la, só pra você ficar olhando e se arrepender de não ter querido nada com o tal sujeito, ou seja, ridículo!
Ainda tem o J. também. O Dj da boate, ele toca quase todo o dia. Já faz algum tempo que passamos a nos cumprimentar. E acho que da maneira como ele sorri pra mim, ele gostaria que fizéssemos mais do que isso. Ele é muito legal, mas vou continuar vindo nessa boate por mais alguns fins de semana e não acho uma boa idéia me envolver com ele.
Olha só quem vem ali, a Mariana, pobre Mari, sempre sozinha na balada. Não é que ela seja feia, chata, nem nada de ruim, mas é tão tímida e retraída, que não consegue se comunicar com os rapazes.
— Oi, não tinha te visto ainda por aqui, como é que você ta? — ela é sempre muito simpática.
— To bem, procurando o que fazer aqui.
— Nossa, ta cheio hoje, né?
— Ta sim, hoje promete bastante para os rapazes. Tem bem mais mulher do que geralmente.
— To vendo que o Rafael já se deu bem — ela me aponta o bar, onde o Rafael e a loira já passaram a tempos da fase dos cochichos.
— É o Rafael é triste, quer dizer feliz, né? Nunca vi, sempre rodeado de mulheres!
— É mesmo...
— Oi, garotas! — O Mauro de mão dada com a loirinha para, para conversar com a gente.
— Oi, Mauro, ta gostando da balada?
— To sim, né, Gatinha? — ele dá um beijo na loirinha e os dois saem novamente em direção a qualquer outro canto escuro na balada.
— É ta todo mundo se dando bem na balada hoje — ela comenta dando uma risada tímida.
— Verdade, mas eu não to muito animada pra ficar aqui na pista, acho que vou voltar ali no bar, buscar uma coisa que eu esqueci.
— Ok, nos vemos depois — pobre Mari, vai ficar dançando mais um pouco sozinha.
Depois de empurrar e dar cotoveladas em algumas pessoas, posso voltar a meu velho lugar no bar. Dou uma última olhada pra pista e o cara de jaqueta continua olhando pra mim, patético. Chamo o barman.
— Então que você vai querer?
Digo no ouvido dele, meu pedido. Ele sorri e me responde afirmativo com a cabeça.
Saio de novo do bar e vou em direção ao banheiro. A tia da limpeza já me conhece, já somos cumplices. Troco algumas palavras com ela e vejo Tony vindo, o barman. Entramos rápido dentro do banheiro feminino, a tia nos encobertando, nos trancamos numa cabine e nos agarramos ali, como tantas vezes já fizemos nessa mesma boate.
Olhando para os lados não consigo ver ninguém que me interesse aqui. Conheço metade das pessoas que freqüentam essa boate e sinceramente conforme o tempo passa vai perdendo a graça não ter gente nova pra conversar.
Tem um moreno de jaqueta de couro, encostado na parede que não para de me olhar. Ele acha que esta sendo muito sensual e que eu vou cair na dele fácil. Mas eu já vi ele por aqui, conheço o tipão do cara. Joga charme para uma menina durante metade da balada, como se ela fosse a única, depois chega nela com um xaveco do tipo sou o único cara da noite que só escolheu você e quando você disser não, não estou interessada, ela não vai insistir, vai pegar a primeira mulher que estiver na sua frente e começar a agarrá-la, só pra você ficar olhando e se arrepender de não ter querido nada com o tal sujeito, ou seja, ridículo!
Ainda tem o J. também. O Dj da boate, ele toca quase todo o dia. Já faz algum tempo que passamos a nos cumprimentar. E acho que da maneira como ele sorri pra mim, ele gostaria que fizéssemos mais do que isso. Ele é muito legal, mas vou continuar vindo nessa boate por mais alguns fins de semana e não acho uma boa idéia me envolver com ele.
Olha só quem vem ali, a Mariana, pobre Mari, sempre sozinha na balada. Não é que ela seja feia, chata, nem nada de ruim, mas é tão tímida e retraída, que não consegue se comunicar com os rapazes.
— Oi, não tinha te visto ainda por aqui, como é que você ta? — ela é sempre muito simpática.
— To bem, procurando o que fazer aqui.
— Nossa, ta cheio hoje, né?
— Ta sim, hoje promete bastante para os rapazes. Tem bem mais mulher do que geralmente.
— To vendo que o Rafael já se deu bem — ela me aponta o bar, onde o Rafael e a loira já passaram a tempos da fase dos cochichos.
— É o Rafael é triste, quer dizer feliz, né? Nunca vi, sempre rodeado de mulheres!
— É mesmo...
— Oi, garotas! — O Mauro de mão dada com a loirinha para, para conversar com a gente.
— Oi, Mauro, ta gostando da balada?
— To sim, né, Gatinha? — ele dá um beijo na loirinha e os dois saem novamente em direção a qualquer outro canto escuro na balada.
— É ta todo mundo se dando bem na balada hoje — ela comenta dando uma risada tímida.
— Verdade, mas eu não to muito animada pra ficar aqui na pista, acho que vou voltar ali no bar, buscar uma coisa que eu esqueci.
— Ok, nos vemos depois — pobre Mari, vai ficar dançando mais um pouco sozinha.
Depois de empurrar e dar cotoveladas em algumas pessoas, posso voltar a meu velho lugar no bar. Dou uma última olhada pra pista e o cara de jaqueta continua olhando pra mim, patético. Chamo o barman.
— Então que você vai querer?
Digo no ouvido dele, meu pedido. Ele sorri e me responde afirmativo com a cabeça.
Saio de novo do bar e vou em direção ao banheiro. A tia da limpeza já me conhece, já somos cumplices. Troco algumas palavras com ela e vejo Tony vindo, o barman. Entramos rápido dentro do banheiro feminino, a tia nos encobertando, nos trancamos numa cabine e nos agarramos ali, como tantas vezes já fizemos nessa mesma boate.