2.27.2004

35

Do outro lado da pista, Mauro que já foi dispensado, disputa com o Gabriel a atenção da Carol, que se divide em simpatia com os dois.
Gabriel que já gastou horas investindo na moçoila, não se contém de ódio e tenta cortar o intruso do assunto.
Carol se faz de desentendida. E a competição entre os meninos fica acirrada. Mauro tenta desmoralizar Gabriel, tentando lembrar histórias engraçadas sobre ele.
Gabriel fica nervoso, lembrando do dia anterior, com medo que Mauro comente algo, começa a atacá-lo de mulherengo.
Os dois começam a ficar nervosos e vermelhos, Carol apenas ri, sem dizer nada.
— Mauro, você não tava com a Mari — Gabriel tenta controlar a impaciência.
— Tava só trocando uma idéia — reclama Mauro, colocando a mão sobre o ombro de Carol.
— Você não vê que você esta atrapalhando nossa conversa — Gabriel quase rosna.
— Não to atrapalhando não! Pergunta para a Carol. Eu to atrapalhando, Carol? — Mauro olha cínico para Carol.
— Não, que isso...— Carol responde sem jeito.
— Olha, já estou ficando nervoso, acho que vamos ter que resolver isso de outra maneira — Gabriel avança para Mauro.
— Calma lá, o baixinho! — Mauro o segura pelo peito.
— Que isso?! — Carol fica séria e segura os dois com firmeza.
— Esse mané! — grita Mauro pra Gabriel.
— Carol você vai ter que resolver, com quem você quer ficar trocando idéia, porque esse cara é insuportável! — Mauro rosna.
— Meninos! Acalmem-se. Tem uma maneira muito mais simples de resolver isso — Carol sorri para os dois que se entreolham e se estranham.
Carol vai até o bar e faz sinal para que os dois a acompanhem. Eles não se olham. Ela pede ao barmam que lhe dê três doses de tequila.
— Rapazes. Eu não quero escolher entre vocês, entendem? Odeio esse tipo de situação.
Um olha feio para o outro.
— Mesmo porque — continua Carol — Seria muito difícil para mim escolher entre dois rapazes tão bonitos, simpáticos, gentis e eu diria até excitantes — Carol molha o dedo em um dos copos de tequila sobre o balcão e coloca na boca, sem olhar os dois.
Gabriel olha assustado para Mauro, que sorri espantado.
— O que eu quero aqui, é propor uma experiência...— ela olha para os dois e entrega um copo de tequila para cada um — A minha proposta é que eu não descarte nenhum de vocês — eles parecem não entender — O que eu quero dizer é que eu quero ficar com os dois...ao mesmo tempo! — ela olha para cada um, e eles se entreolham enojados. Carol vira seu copo de tequila puro — E ai? Como é? Topam?!
— Mas...mas...como assim? — Mauro esta estupefado.
— Como assim? Como assim o que?! — Gabriel responde nervoso.
— A gente! Também não é algo do outro mundo. Vocês vão ficar os dois ao mesmo tempo comigo, recebo beijos dos dois, só isso.
— Mas como? — Mauro ainda não entende.
— Um de cada vez! — Gabriel esta cada vez mais impaciente.
— Ou em cada lado — Carol toca na barriga de Gabriel para acalmá-lo. Ele sorri excitado. Mauro olha abismado. Carol beija o pescoço de Gabriel.
— Eu aceito! Eu topo, vamos nessa — Mauro nem sabe porque responde. Pega seu copo de tequila, vira e puxa Carol para si, beijando-a.
Gabriel vira calmamente seu copo e começa a beijar o pescoço de Carol. Os dois a beijam ao mesmo tempo...

End of Carnaval

Pois é tchurma, Carnaval acabu, eis que começa o Batente agora!!!
Prometo mais atualizções em horas certas.,..hehehe
começando por hj!!!
Abraços aos que ainda adentram...

2.20.2004

34

O Dj convidado do J. começa o set de música, as pessoas se amontoam na frente dele. Ele coloca o fone torto no ouvido e começa a fazer caras e bocas conforme muda as batidas da música. O pessoal curte e aplaude.
— Oi — um rapaz de olhos verdes para do meu lado. Tenho a impressão de já conhecê-lo.
— Oi — respondo sem ser muito simpática.
— Você vem sempre aqui? — olho pra ele sem responder — Muito ruim? — ele me olha sem jeito — faço um afirmativo com a cabeça — Ok, não estou muito criativo hoje...Mas ao menos eu tentei — ele sorri.
— Vou até o bar, da licença — sorrio sem muita vontade.
Tony me olha do bar, sorrindo. Eu vou em direção ao bar e peço uma cerveja. Ele busca e vai dizer algo no meu ouvido, mas outros dois clientes chamam por ele.
Olho o movimento do bar.
Taninha esta até comportada hoje. Claro que o copo de bebida esta como sempre nas suas mãos. O Tonho continua olhando-a, sentado, próximo ao bar. O que ele está esperando pra falar com ela?
A música começa a ficar mais animada. Tânia gosta do ritmo e começa a dançar. Tonho a come com os olhos. Ela percebe e sorri sem jeito.
Ele levanta e chega mais próximo dela. Ela percebe, mas não para de dançar.
— Oi — ele se coloca na frente dela.
— Oi...— ela responde sem jeito.
Ele continua parado olhando-a. Ela tenta dançar um pouco, mas fica sem saber o que fazer olhando para ele postado na sua frente.
Ele chega mais perto dela, quase colado. Ela o olha e sorri sem jeito. Ele vai chegando o rosto próximo ao dela e a beija, ela deixa-se beijar. No canto da boate João observa tudo com uma cara horrível.
Eu fico observando a cena abismada. Não sei se sinto inveja ou se acho um absurdo. Tony não me dá muito tempo de pensar. Sinto ele passar as mãos nos meus cabelos.
— Você ainda ta bravinha comigo? — ele cochicha no meu ouvido.
— Não seja ridículo — olho-o mal humorada.
— Você sabe que eu gosto de você, não faz essa cara — ele suspira no meu ouvido, sinto um arrepio no corpo todo. Mas me seguro.
— Eu acho que você gosta de qualquer coisa que use saia — olho com pouco caso. Na pista Tonho e Tânia se amassam e a galera dança empolgada em volta deles.
— Não faz assim. To doido atrás de você a noite inteira, me perdoa, se te deixei brava — ele fala mole na minha orelha, eu sei que ele mente, mas quero acreditar.
— Ta bom Tony, sem estresse...— respondo deixando um sorriso discreto sair.
— Acho que a gente podia resolver nosso caso ali no banheiro, garanto que vou te fazer mudar de idéia — ele fala no meu ouvido.
— Tony, você só pode estar brincando — dou risada.
— Não, to falando muito sério. Você não vai se arrepender eu garanto.
— Hahahah. — você esta hilário hoje, rio pra ele.
— Eu vou no banheiro e quero que você me siga, eu to falando sério, vamos conversar melhor lá — ele toca meu braço e sai.
Eu fico olhando ele ir em diração ao banheiro, deixo que ele entre e pisque pra mim. Ando em direção a pista e paro ao lado do J., que dança freneticamente emocionado pelo colega de trabalho.
Ele olha todo suado para mim e sorri. Eu sorrio de volta e começo a dançar junto com ele.

2.10.2004

33

Rafa observa Mari. Mari observa Rafa de canto. Mauro observa Mari. Claudinha observa os três e da muita risada.
Mauro chega pra conversar com Mari. Ele coloca a mão no ombro dela, Rafael não gosta, mas se mantém parado.
Rafael sente alguém cutucá-lo nas costas, ele olha e reconhece a loira da noite anterior. Ela sorri pra ele, linda. Ele sorri de volta.
Mari se vira para olhar, ela não gosta do que vê. Resolve dar mais atenção ao Mauro. De repente ela sorri para ele.
Rafa, observa de lado Mauro se aproximando mais de Mari. Ele se vira para a loira e pega no braço dela.
Mari deixa que Mauro fale mais perto, apesar de não estar prestando atenção ao que ele fala.
A loira começa a sussurar algo no ouvido de Rafael, ele sorri. Ela joga os cabelos para o lado e da uma risada alta.
Mari fica apavorada. Sente o sangue subir pelas veias, o rosto fica rosado.
— Acho que você bebeu demais, você ta ficando vermelhinha — Mauro ri e passa a mão no rosto de Mari.
Rafa vê isso e chama a menina para sair dali, ele não pode mais ver aquilo. Não esta se agüentando. “Se ela quer ficar com o Mauro não preciso ficar olhando”. Eles se dirigem a um canto da boate e se encostam.
Mari repara que eles se afastam e não gosta, Mauro tenta roubar sua atenção, passando a mão no seu cabelo.
— Para com isso — Mari o reprime irritada.
— Mari, por que você esta agindo assim? — Mauro puxa o rosto de Mari para si — Você sabe que eu não mordo.
Mari desvia o rosto das mãos dele e se depara com Rafa tocando as mãos no cabelo da menina loira. Ela fica estática sem conseguir se mover. Ele chega mais perto da loira, colocando a cabeça perto da nuca dela, ela o olha e eles se beijam. Mari está atônita.
Mauro vê que Mari esta distraída e lhe vira um beijo na boca, apertando-a contra si.
Rafael abre os olhos no meio do beijo com a loira para ver se Mari viu. Vê a cena do beijo dela e tem que se controlar para manter-se calmo. Ele beija a loira com muito mais fervor.
Mari consegue se livrar de Mauro.
— Você tem problema!? Qual o seu problema?! — Mari esta muito zangada. — Eu disse não para você a noite inteira! Você não sabe tomar um fora?! Ou sou eu que sou muito parva pra poder te dar um não! — Mari tem os olhos cheios de lágrimas que não escorrem.
Ela olha mais uma vez para Rafa que beija a loira e sai em direção ao banheiro correndo.

2.06.2004

Eclipse Oculto - Caetano Veloso

Nosso amor não deu certo
Gargalhadas e lágrimas
De perto fomos quase nada
Tipo de amor que não pode dar certo
Na luz da manhã
E desperdiçamos os blues do Djavan.
Demasiadas palavras
Fraco impulso de vida
Travada a mente na ideologia
E o corpo não agia
Como se o coração tivesse antes que optar
Entre o inseto e o inseticida.
Não me queixo
Eu não soube te amar
Mas não deixo
De querer conquistar
Uma coisa qualquer em você
O que será?
Como nunca se mostra
O outro lado da lua
Eu desejo viajar
No outro lado da sua
Meu coração galinha de leão
Não quer mais amarrar frustração
No eclipse oculto na luz do verão.
Mas bem que nós fomos muito felizes
Só durante o prelúdio
Gargalhadas e lágrimas
Até irmos pra o estúdio
Mas na hora da cama
Nada pintou direito
É minha cara falar
Não sou proveito
Sou pura fama
Não me queixo...
Nada tem que dar certo
Nosso amor é bonito
Só não disse ao que veio
Atrasado e aflito
E paramos no meio
Sem saber os desejos
Aonde é que iam dar
E aquele projeto
Ainda estará no ar?
Não quero que você
Fique fera comigo
Quero ser seu amor
Quero ser seu amigo
Quero que tudo saia
Como som de Tim Maia
Sem grilos de mim
Sem desespero,
Sem tédio sem fim.


2.03.2004

32

João está inquieto. “Aonde esta ela?!” Veio só por isso. Mas como vai saber quem é ela? Será que ela mudou muito? Ahhhh, Bruninha, a mulher dos seus sonhos.
E se ele não reconhecê-la, será que ela vai ficar ofendida? O destino não pode enganá-lo dessa forma. Seria duro demais perdê-la, assim, por tão pouco.
— Ta pensando no que? — Beto da um tapinha na nuca de João — Ta curtindo alguma gatinha?
— Não, que isso...— João fica sem jeito.
— Por que você ta tão ansioso hoje, heim? Ta esperando alguém, por acaso? — ele olha ao redor para verificar o que João tanto olha.
— Não to esperando ninguém, não — ele olha para baixo.
— Está bem, acredito em você então — Beto sai dando risada de João.
João continua estressado, buscando alguma menina que possa se parecer com a lembrança da Bruninha que ele ainda guarda.
Ali tem uma loirinha, estilosa, corpinho legal, seria ela? E aquela morena? Cabelos curtinhos, ele gosta disso. “Acho que não tenho noção de quem seja a Bruninha, o que vou fazer agora?”.
Sente um cutucão nas costas, se vira assustado. Uma garota baixinha, um tanto cheinha, o olha desconfiada. Ele se vira e fica encarando-a, sem entender.
— Então você que é o João? — ela o olha sem muita alegria — Ta com essa cara por que? Não ta lembrando de mim? — ela já fica séria.
— Não, que isso! — ele se assusta, “como ela esta diferente!” — Só estava um pouco distraído.
— Pensei que você fosse me procurar pra gente se encontrar! — ela cruza os braços na frente dele.
— Claro, mas é que me distrai. Me desculpe... — ele tenta manter a calma. “Acho que reconheço esses olhos! Ela esta tão grossa!”.
— E ai? Eu era tudo que você esperava? — ela ri da cara de assustado dele.
— Não...quer dizer, bem...um pouco diferente — ele tenta não ser rude.
— Você não consegue mentir! — ela solta uma risada alta — Mas tudo bem, não to nenhuma beldade mesmo. Engordei um pouco desde a época em que falava com a sua irmã, sabe como é, pílula... — ela olha para o lado um pouco nervosa — Vamos, me pague uma cerveja para se desculpar de sua grosseria!
Ele vai atrás dela em direção ao bar. Ela pede uma cerveja para o barman, pegando a comanda da mão de João e entregando ao rapaz, que anota nela.
Eles ficam em silêncio olhando para a frente, um do lado do outro. Ele a olha de soslaio, esta um tanto decepcionado. Mas o destino estaria errado? Ele poderia passar por cima da beleza física? Do mal humor? Das palavras chulas? Ela não era feia. Podia estar naqueles dias e enfim, não era ele um exemplo de boas maneiras.
Ela o olhou impaciente...“e então?”. Aquele menino magrela e sem a menor graça era a sua possível chance de desencalhar?
Ele, percebendo a sua inquietação não se conteve. Fez o que achava que era certo naquele momento.
— Não importa que você seja diferente, eu sempre vou gostar de você — ele sorriu para ela, como se fosse um nobre bom samaritano.
— Que?! — ela o olhou com desprezo e depois começou a rir alto novamente — Se liga, moleque! Vê se te enxerga! Não sei quem é mais babaca, você ou sua irmã! Fala sério!
Ela sai andando e balançando a cabeça em tom negativo. João não sabe o que dizer, nem o que fazer, fica estático.
Ele olha de longe para a pista de dança. Tânia esta lá, ela dança ao lado de Tonho, Carol e Gabriel, ela esta solta, livre, linda. Ele pensa nas suas palavras na casa de Rafael e se arrepende. Olha para a baixinha, Bruninha, gritando com um menino que tenta puxar assunto com ela. Olha para si mesmo e tem vontade de chorar.
Percebe como tem sido idiota, cego, iludido. Acredita em algo que não existe. Tem conceitos e preconceituosos antiquados, que não cabem a sua realidade. Acredita-se mais importante do que é. Mas a verdade é que não olha para si mesmo.
No meio daquela danceteria, entre tantas pessoas curtindo a noite, conversando, bebendo, ali ele percebe-se como alguém que não é percebido. Sente-se sozinho e deprimido. Com vergonha de si mesmo. E só existe uma única conclusão para tudo aquilo que de repente ele viu passar em sua cara. Um rapaz imaturo que viveu a vida toda o sonho de uma menina do passado que não existia na verdade, a não ser em sua cabeça.
Não há como negar. Ele é um babaca.

2.02.2004

31

Três carros um pouco desalinhados chegam em frente a boate. Uma garota de salto agulha se assusta e da um saltinho gritando. Alguns rapazes riem, também embriagados.
Saio do carro furiosa, com vontade de atirar no primeiro passante.
— E ai? Vamos pra fila? — fala João desesperado.
— Temos que esperar todo mundo sair do carro — olho para ele sem paciência. Edu para ao meu lado, bufo fula da vida.
Todos os amigos vão se amontoando ao lado da entrada. Sinto alguém me cutucar, olho para trás e Tony me cumprimenta com um beijo melado no rosto. Não sei se sorrio ou se fico brava, a verdade é que gosto. Ele entra dando uma piscadinha pra mim.
— Vamos entrar? — João ainda insiste.
— Calma, João. Já estamos entrando — Beto da um tapinha nas costas dele. João está angustiado.
Esperamos impacientes na fila. Sinto Edu logo atrás de mim e isso me irrita. J, o dj da boate, passa e nos cumprimenta. Ele fala com a mulher que esta guardando a porta, e chama todo mundo pra entrar. A fila, que esta enorme, olha feio. Escutamos alguns resmungos. João parece mais aliviado.
A música esta alta. Encontro alguns conhecidos na entrada e cumprimento. João sai andando.
— Que bom que você veio hoje, vamos ter um gringo convidado pra tocar depois de mim — fala J entusiasmado.
— Verdade? E ele é bom? — pergunto interessada.
— Muito, muito bom, eu vi ele tocando no ano passado e dei a dica pro dono da casa — ele conta orgulhoso.
— Eu confio no seu gosto.
— Você ta sabendo que o Tony andou perguntando de você? — J me olha desconfiado.
— Humm, sei — respondo mal humorada.
— Ah, não faz essa cara não. Sei muito bem o que vocês fazem por ai...— ele ri cúmplice.
— Muito engraçadinho você! Mas dessa vez, não. Acho que o Tony anda muito cotado pra mim — olho com desprezo para o bar.
— Sei não, mas vocês que se entendam, deixa eu ir que ta na hora do meu set — ele se despede. Olho para o bar e Tony esta olhando para mim.
Vou me virar e dou de encontro com Edu, sempre parado do meu lado. Encaro-o com uma careta e saio. Ele me segura pelo braço. Eu o encaro novamente, surpresa e séria ao mesmo tempo. Ele me encara em silêncio, com um sorriso no rosto. Eu tento me desvencilhar, mas ele esta me segurando com força.
— O que você pensa que ta fazendo? — pergunto muito séria.
— Lutando pelo que eu quero — ele olha dentro dos meus olhos.
— Me solta. Eu não gosto que me peguem assim — puxo meu braço com força e ele o solta rindo para mim.
— Você é muito folgado — dou as costas com desprezo.
Enquanto saio de perto dele ele sussurra algo no meu ouvido e roça a boca dele no meu pescoço. Viro furiosa.
— Escuta aqui! — falo de maneira forte, mas não alta — Se você encostar em mim mais uma vez eu juro que te quebro o dedo! — olho firme para ele, que continua a sorrir.
Saio andando séria. Não olho para ver sua reação. Preciso de um drink, vou ter de enfrentar o Tony. É uma questão de manter o bom humor.
Encosto como de costume no bar, de costas para os barmans, respiro fundo, preciso libertar o ódio de dentro de mim. Tony estende sua mão sobre mim, oferecendo-me um copo de caipirinha. Viro a cabeça e sorrio pra ele pegando o copo avermelhado. Ele sorri de volta.
— Você devia esquecer desse garotinho com quem você veio — ele olha para Edu, que me encara.
Sorrio pra ele, sabendo que ele esta com ciúmes de um “ninguém”.
— Obrigada, Tony. Adoro caipirinha de saquê — saio para a pista de dança.

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