7.27.2003

5

Ok, aquela história de não querer nada com o Dj, porque venho sempre aqui e...tudo bem, essa história não cola mais. Mas vocês têm que entender que esse meu lance com o Tony é um segredinho nosso...
Mas esqueçamos isso por hora, ok?
Sabe quem eu acho admirável, o Alberto e a Tati. Eles são o casal de namorados mais animado que eu conheço. Enquanto os casais normais vão para o cinema, comer fondue, ou seja lá o que casais gostem de fazer, eles não, eles estão sempre na balada, sempre. E eles curtem juntos.
Hoje é aniversário de namoro dos dois e quem disse que eles foram para um jantar romântico? Que nada, o negocio deles é curtir a balada.
O Alberto trouxe o primo dele, o Kleber, que veio do interior de São Paulo, de São Roque. O Kleber não sabe muito beber e não para um minuto de ir ao banheiro e pior tem aquela mania de mulher de ficar falando pro amigo ir junto. Pela quinta vez, o Alberto tem que pedir pra Tati esperar ele voltar do banheiro.
Mas a Tati não vê problema nenhum nisso, ela fica lá dançando sozinha numa boa.
Nem tão sozinha, tem uma menina que não para de vir dançar com ela. Tati esta estranhando, mas não fala nada.
— Oi — ela esta dançando ainda mais perto agora — Qual é seu nome?
— É Tatiana, tudo bem? — Tati procura Alberto com os olhos, enquanto tenta ser simpática com a menina.
— Tudo ótimo. Eu sou a Carina. Você vem aqui sempre? — ela cochicha no ouvido da Tatiana, que se afasta da menina.
— Venho sim, com meu namorado — ela sorri, sem olhar no olho da menina.
— Namorado? Sério?
— Sério, sério — ela responde nervosa, olhando ainda na esperança de ver Alberto.
— Mas você nunca teve nada com mulher?
Tati branca olha a menina atônita.
— Não! — ela olha seriamente para a menina.
— Mas você não gosta? — ela passa a mão no braço de Tatiana. Tati quer gritar, mas se contém.
— Não, eu não gosto disso.
— Mas como você sabe? Você já experimentou?
— Que?! Não, não experimentei, mas sei que não gosto! — Tatiana passa de incomodada para irritada.
— Oi! — Alberto chega e Tatiana agarra o braço dele forte.
— Esse é meu namorado! — ela o aponta para a menina.
— Ok, se você mudar de idéia e quiser ir ao banheiro com uma amiga, me avisa ta? — ela olha Tati de cima a baixo e sai.
— Beto, onde você tava?! — ela reclama brava.
— Eu tava no banheiro. Por que você ta tão irritada?
— Aquela mina, você não sabe o que acabou de me acontecer... Fui xavecada por uma mina!
— Sério? Que absurdo! — Alberto abraça Tati.
Kleber puxa Alberto de lado.
— Cara, você não vai fazer nada?
— Como assim, você quer que eu bata na mina?
— Não, claro que não! Cara, olha a sua chance! Pode ser o melhor presente que sua mina pode te dar!
— Eu realmente não estou entendendo.
— A fantasia sexual de todo o homem! Duas minas, se agarrando, e você, no meio! Ménage!
— Nossa, não tinha pensado nisso...
— Meu, tenta convencer ela.
— Você é um gênio! — ele se vira para Tati — Mas me conta o que foi que a mina te falou?
— Veio me perguntar como que eu sabia que eu não gostava se nunca tinha experimentado, pode?
— Mas é verdade, como você sabe?
— Beto?! Como assim?!
— Você nunca experimentou, experimentou? Podia ser uma experiência legal...
— Aonde você ta querendo chegar, Alberto?!
— Não é que pensei que poderia ser interessante pra nossa relação, uma experiência diferente, eu, você, com ela.
— Interessante?! Ah, Alberto, vai te catar! Quer saber de uma coisa! Porque não fica você, seu primo e ela, também ia ser uma experiência interessante, não ia?! Porque comigo não vai ter mais nada!
— Tati, Tati, droga — Beto sai atrás dela.



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