8.13.2003

13

Rafael vem sozinho, acompanhado de Mauro com sua loirinha. A Mari conversa com a Taninha que ainda conta emocionada dos beijos noturnos. O pessoal vai se amontoando perto do bar, enquanto decidimos aonde vamos agora.
Gabriel não consegue desgrudar de sua morena grandona e Tati e Beto parecem novamente apaixonados. João esta em silêncio no seu canto, apenas olhando o que resolvemos.
— Podíamos ir lá pra casa — eu que estou sozinha convido a todos.
— Meus pais estão viajando! Podemos ir lá para casa! — convida Rafael, que mora numa casa enorme.
— Eu não vou com vocês, hoje fico na república de um amigo — responde Gabriel orgulhoso de sua companhia.
— Eu topo ir pra casa do Rafael — responde Taninha empolgada.
Concordamos todos em ir para o Rafael em carros diferentes. Gabriel não vai, vai levar sua morena em casa e depois vai para a casa do amigo.
Taninha vai com seu próprio carro, apesar de ninguém acreditar que ela consiga dirigir até lá. Já o Rafael vai no dele e leva o casal Tati e Alberto.
Comigo vem a Mari, o Mauro e sua mina.
Alguns querem comer antes e outros não. Resolvemos ir direto para a casa do Rafael e de lá podemos sair depois para comer alguma coisa.
O João está cansado, ele resolve que vai para casa direto, vai de táxi mesmo.
Agora é a pior parte, enfrentar a fila da comanda. A cada dois minutos a fila dobra de tamanho na sua frente, afinal cada único da fila tem mais 15 amigos, que em geral fica conhecendo justamente naquele momento de pagar a comanda.
Passados 10 minutos e a fila não andou nem um centímetro, começo a me irritar. Na minha frente uma garota toda de preto esta muito estressada, e fica jogando os cabelos na minha cara o tempo todo. Isso me enerva ainda mais.
Uma menina magrinha disfarça e entra na frente da menina de preto na maior cara de pau. A menina de preto não gosta nem um pouco.
— Que, que você ta tentando furar ai, heim?!
— Não, não to furando não, estavam guardando lugar pra mim — ela sorri sem jeito.
— Mentira, se liga! Não vai furar fila não!
— Não to furando! — as duas começam a se exaltar.
— Meu, eu vou te dar porrada! — a menina de preto começa a ficar nervosa.
— Também não precisa ser grossa! — a outra resolve peitar.
O bate boca se inicia e ninguém quer ficar para ver no que vai dar aquilo. O segurança chega e retira a mina de preto da fila, porque ela parece causar confusão. Ela esperneia, grita, mas isso só piora a situação dela. A magrinha fica triunfante na fila.
Pra mim isso é o limite, peço para Rafael pagar pra mim e fico encostada no bar tentando relaxar um pouco. Sinto que tem alguém atrás de mim, conheço aquela respiração.
— Oi — Tony me cutuca, eu viro para trás mal humorada — Você ta brava?
Eu nem respondo. Ele me da um copo de bebida vermelho. Eu não aceito.
— Que eu posso fazer pra me redimir — ele pergunta sussurrando na minha orelha.
— Você quer saber mesmo o que eu quero?! — Olho para ele nervosa.
— Quero! O que vai ser? — ele sorri.
— Por que você não me arruma um vai pro inferno! — pego a bebida e jogo o líquido na calça dele.
Saio nervosa, ele fica rindo e limpando a calça.





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