5.13.2004

40

João esta na fila para pagar sua comanda. Esta chateado, com vontade de vomitar e se dar um tiro na testa.
Pouco a frente dele, também na fila, estão Tânia e Tonho, os dois não conseguem se desgrudar e isso irrita ainda mais João.
De longe observo as pessoas já se dirigindo para o caixa, mas não tenho vontade de ir embora ainda. Olha ao longe e J. ainda toca. Sorrio vendo-o tão concentrado em sua música.
Sinto um braço por trás de mim. Olho e vejo que Tony esta do meu lado. Sorrio para ele.
- Seu amigo acabou se dando bem, hehehe - ele aponta para Gabriel que tem Carol toda pra ele. Eles se abraçam e beijam com ardor.
- Realmente, ele deu sorte - eu olho para Tony sorrindo.
- Eu também dei sorte - ele me agarra e beija. Sinto a falta do chão sob meus pés novamente - Vamos pra outro lugar? - ele me olha passando a mão pelo meu rosto.
Eu quero dizer não, quero que ele saiba quão difícil eu sou. Mas afinal, que mal há num pouco de prazer? Eu quero, ele também, que mal há nisso?
- Vamos - ainda escuto o eco das minhas palavras de resposta.
Ele sorri, pega na minha mão e me leva para a saída.
- Espera, minha comanda - eu lhe mostro o papel amassado.
Ele arranca o papel da minha mão, rasga e taca no lixo. Olho assustada para ele. Ele sorri para mim e me beija. Saímos de mãos dadas. Ele cumprimenta o segurança da porta.
- Você ta de carro? - ele me pergunta.
- Estou - respondo olhando-o.
- Eu também estou. Hummm... vem me seguindo então - ele me da um beijo e me mostra qual seu carro. Peço meu carro para o manobrista, sem pensar em quantas pessoas eu estou deixando para trás indo embora.
Vou seguindo o carro dele, um carro verde, popular. Me sinto insegura, minha vontade é de dar meia volta e ir embora. Sinto um enorme frio na barriga, mal presto atenção aos faróis.
Depois de quinze minutos de tensão, chegamos ao prédio dele. Ele me pede para parar o carro na rua, enquanto estaciona na garagem. Fico parada dentro do carro, assustada, esta tudo tão escuro ali, posso ser assaltada, o que poderia acontecer ali? O que esta para acontecer?
Toc...toc! Pulo assustada e vejo Tony me chamando.
- Vamo? - ele segura minha mão e subimos de elevador até o 12° andar, ele me observa e eu tímida olho para o chão do elevador - Vem - ele me puxa, abre a porta para mim - Sinta-se a vontade - mal sabe ele que é a última coisa que eu vou conseguir fazer.
Ele pega uma cerveja para ele e uma para mim. Eu tomo a cerveja sentada no sofá sem me mover. Passo os olhos pelo apartamento, um local novo, estranho para mim. Tudo esta um pouco bagunçado, mas muito limpo. Não há retratos, apenas os móveis cruamente dispersos pela sala pequena.
Tony se senta ao meu lado. Eu o olho amedrontada, mas ele mal pode perceber. Segura na minha mão e toma minha bebida, colocando-a no chão, sem tirar seus olhos dos meus. Ele me beija e abraça. Eu me deixo levar. Nossos corpos se esquentam e sei como a história continua.
Ele tira a minha blusa e em seguida tira a dele. Sinto que ele me observa e me toca calmamente. Sem pressa. Eu tenho medo e desejo ao mesmo tempo. Milhões de coisas vêm a minha cabeça, será que ele é confiável, significarei alguma coisa, o que estou fazendo aqui?
Fecho os olhos e tento não pensar em nada disso. Eu quero fazer amor com ele. Abro o zíper da calça dele e ele deixa que a calça escorra pelas pernas. Ele me levanta, e desabotoa minha calça. Me abraça, enquanto a calça cai pelas pernas, ele me pega no colo e me leva para o quarto.
Me joga na cama. Em cima há algumas roupas e ele as afasta. Desabotoa meu sutiã e tira minha calcinha, estou nua, mas não me sinto envergonhada. Ele tira a cueca e transamos...sim é isso, nós transamos e...dois minutos após ele goza!
- Já!? - não consigo segurar o espanto.
- É que eu estava muito excitado - ele me olha sem jeito.
Eu viro para o outro lado da cama, com vontade de chorar. Ele percebe minha decepção e me abraça de todas as maneiras possíveis. Eu finjo que esta tudo bem, mas a frustração esta na minha cara. Ele retoma a situação e transamos de novo. E novamente, após dois minutos e ele morre de prazer e eu só olho pra ele sem graça.
E tentamos mais 5 vezes, sim ele é uma maquina, mas uma maquina ágil demais para mim. Já não tenho mais ânimo.
- Preciso ir, Tony - levanto e começo a buscar minhas roupas pela casa - Meus pais vão ficar preocupados - me visto e ele me agrada enquanto eu faço isso. Dou um selinho nele e vou em direção a porta.
- Você é linda - ele me segura e me beija ardentemente, perco o fôlego, mas me despeço e vou embora.
De volta pra casa, no carro, eu choro.

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