8.07.2005

49

A reunião acaba e Tânia esta desolada. "Será que isso é uma doença? Será que não poderei mais ver meus amigos? Não poderei mais me divertir?"
A senhora que estava sentada à seu lado se levanta e despede-se:
- Vejo você na próxima? - ela sorri carinhosamente para Taninha.
- Acho que sim - Tânia tenta sorrir, mas não consegue.
- Acalme-se, não é nada de tão grave querer parar com um habito ruim. - ela coloca a mão sobre o ombro de Tânia.
- É, eu sei - Tânia tinha vontade de dizer que ela não era como aquelas pessoas. Que nada tão horrível tinha acontecido com ela. Que aquilo tudo era absurdo, irreal para ela. Todas as histórias que havia escutado, nunca havia tido contato com nada parecido.
- É bom quando nos conscientizamos de algo antes que tenhamos um dano maior. Bem até semana que vem - e a senhora continuou andando.
Tânia também se levantou e foi em direção à porta. Olhou para as cadeiras ao seu redor, todas já vazias. Não teve certeza se iria ter coragem de voltar ali mais uma vez.


Rafael e Mari conversam no quarto de Mari. Rafael esta deitado com a barriga bem cheia virada pra cima. Mari da risada dele.
- Você não precisava ter comido todo aquele macarrão.
- Depois do que seu pai falou sobre minha área ou eu comia, ou eu saia correndo, hehehe - ele arregalou os olhos pra ela.
- Meu pai é bobo mesmo, ele gosta de deixar os outros sem graça - Mari acaricia os cabelos de Rafael.
- Vem aqui - Rafa puxa-a para si e beija-a - Eu estou muito feliz de termos nos entendido - ele beija a bochecha de Mari.
- Eu também ? Mari responde sem jeito.
- Hoje eu quero sair com você à noite, como minha namorada. - Mari olha-o em silêncio - Quero que todo mundo saiba que estamos juntos.
- Eu não me importo que os outros saibam - responde Mari, levantando-se. Vai até a janela do quarto.
- Por que não? - pergunta Rafael intrigado.
- Porque para mim só interessa o como "você" se sente em relação a mim, entende? - ela olha pra ele e volta-se de novo para a janela.
- Não esta claro isso pra você ainda? - ele vai até ela e beija-a no pescoço.
- Eu não sei, preciso de tempo - responde sem olhá-lo, ainda.
- Eu já me declarei, já disse que você é minha namorada, já conheci até seus pais - eles riem abraçados - Pra mim ficou bem claro o quanto eu quero você, só você.
Mari se vira e da um beijo em Rafael e se volta para a janela, mais uma vez.
- Mari - Rafael se ajoelha no chão animado - Quer namorar comigo?
Mari começa a rir. Rafael a puxa para o chão e a beija, os dois caem no chão do quarto. O pai de Mari, bate na porta do quarto. Eles dão risada.
- Que tal se fossemos lá para casa? - Rafa propõe fazendo careta em direção a porta.
- Eu acho ótimo. - Mari o beija.

Gabriel chega em casa, exausto e feliz ao mesmo tempo. "Tem que se passar pelo inferno para chegar-se ao paraíso". Gabriel vai até a cozinha, abre a geladeira, olha cerveja importada de seu pai, pensa um pouco e pega, "Hoje eu mereço".
- Me sinto um homem agora - ele diz pra si mesmo e vira a cerveja no gargalo.
Rindo ele se joga no sofá da sala. Liga a TV para assistir a programação de sábado. Sente um enjôo. "A cerveja".
Corre para o banheiro e vomita tudo. "Teria sido melhor ter comido um pãozinho".

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