7.06.2006

56

Beto entra na balada acelerado, esbarra com uns e outros, seus olhos procuram, por entre as pessoas, Tati. Ele mal da importância para a dor no seu pé, que o faz mancar.
Um menino alegre de bebida passa rápido por Beto, esbarra em seu pé. Beto curva todo o rosto em dor, mas se segura para não gritar. Ele fecha os olhos, contem a raiva e as lágrimas que quase escorrem de seus olhos.
Beto arrasta o pé dolorido até o bar e pede um drink, o mais forte da casa.
- Beto? Que, que você esta fazendo aqui? - Mauro olha incredulo para o pé de Beto, que tem uma mancha de sangue no curativo.
- Estou procurando uma pessoa - Beto responde mal humorado.
- Procurando alguém na balada, num to entendendo. - Mauro não tira os olhos do curativo ensanguentado.
- To procurando a Tati - Alberto resmunga com Mauro, que fica contrariado e ao mesmo tempo confuso.
- Como assim? Você não veio com a sua namorada? - Mauro pergunta já meio sem verdadeiro interesse.
- Minha ex... não, não viemos juntos - ele olha por entre Mauro ainda procurando Tati ? Você não viu ela por ai, não?
- Não...não vi... Perai, vocês terminaram? Como assim? Quando foi isso? - Mauro esta abismado olhando para Alberto que não da a menor importância pelo seu estupefamento.
- É acontece... - Beto pega a bebida da mão do barman e vira numa só golada.

João esta aos beijos com Luana, a menina dos olhos claros. Mal pode acreditar que teve coragem de beijá-la, de falar com ela. E pensar que era algo tão fácil!!! Tão simples! Só dizer ?oi, posso te conhecer?!?.
Algumas pessoas se aproximam deles, mas João mal percebe. Os amigos dela os rodeiam e a cutucam.
- Lu, ce não sabe!!! O Marinho veio na balada também!!!! - uma garota de cabelos coloridos grita histérica. Luana responda histérica também. O tal Marinho vai de encontro a Luana e abraça-a como se não a visse a muito tempo.
João não entende nada, mas fica à vontade com a situação, na verdade, ele se diverte com a empolgação dos amigos.
- João, é João, né? - pergunta Luana toda emocionada com a presença dos colegas.
- É - ele responde rindo, pensando que aquela menina mal sabe o nome dele e esta ali com ele, assim mesmo... como é simples.
- Esses são meus amigos, o Marinho, a Debora, a Carol e a Leandra ? eles todos abraçam João, que sorri de volta, achando a tudo divertidissimo.
- Nossa, você ta sempre aqui não, ta? - pergunta Carol pegando no braço de João com uma liberdade que ele não esta acostumado.
- É, tenho estado bastante - ele responde tentando disfarçar a timidez, mas empolgado.
- Eu seeeeempre te vejo aqui!!! - ela abre um sorriso enorme.
- Que legal ? João ri, feliz. Esta se sentindo extremamente relaxado, adora a idéia de ser reparado por outros.
- Eu to sempre aqui também!!! Não sei como você não havia me visto antes!!! ? ela segura o braço dele mais forte e mais sorridente.

Mari espera enquanto Rafa vai buscar a cerveja. Ela o observa. Todo lindo, todo alto, todo loiro... e se pergunta mais um vez porque ele esta com ela. Ainda se sente zonza pelo efeito da erva que fumou no carro. Não devia ter feito aquilo, não esta se sentindo muito bem.
Rafa espera a cerveja no balcão quando a loira das noites anteriores vem por trás dele. Mari observa a tudo de longe.A loira cumprimenta-o com um beijinho no rosto e passa as mãos nas costas dele. Rafael sorri de volta pra ela. Mari sente as veias do rosto se incharem e as bochechas avermelharem-se.
Rafa conversa com a loira que o toca de vez em sempre e Mariana vai ficando enlouquecida. Na cabeça de Mari os dois estão combinando algum encontro longe dela. Rafa se vira e aponta para Mari, pronto ela sabe, ele esta falando que sua nova ?namoradinha? não pode ver o que eles vão fazer. Não, não pode mais olhar aquela cena. Mari sai andando para a pista.
Rafael que já tem a cerveja em mãos, ve Mari se afastar e corre atrás dela, deixando a loira no meio do assunto.
- Mari, aonde você ta indo? - ele alcança ela no meio do caminho.
- Nada, vi que você estava ocupado, vim dançar um pouco ? ela sorri meiga, por dentro quer socá-lo.
- Mari, que foi? - ele não se convence da desculpa dela.
- Nada - ela sorri e dissimula pegando a cerveja das mãos dele e da um gole.

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