8.20.2006

o Excepcional

E ela olhou pro seu lado, ele na mesa, de mão dada, com a sua mão.
Ela olhou mais adiante, ele de pé, de olho, no seu olho.
Ela sentiu a proteção daquela mão e o desejo daqueles olhos.
Contradição dentro de si, dilacerando a vontade.
Ela soltou a mão, sentiu um calor por dentro.
Levantou-se, foi ao banheiro.
Ele manteve-se sentado, sem nada atinar.
Ela passou por ele de pé, ele também se moveu.
Ela se virou e ele foi sobre ela, ela fechou os olhos em desejo.
Por entre a fresta da porta, enquanto ele amassava-a por baixo da saia.
Ela olhava ele complacente, aquela mão vazia, esperando a dela.
Ela sentiu culpa, de estar com o excepcional ao invés do cotidiano.

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